Abstract
Panic disorder is composed of a set of anxiety disorders that inhibit the individual from moving because of a state of terror that is established. In order to approach this psychopathological phenomenon, it is important to understand the modes of being that configure it. A deeper place is found in the changes of time, body, space, and the subject’s relationship with others and with the world. The alteration in the space lived, the object of this article, manifests itself in aspects of the exhaustion of becoming and is revealed through the harm caused by the subject’s proximity to the world. There is a change in the fundamental relation of man to the world, which sustains the possibilities of power and becoming in the particular acts of each subject. With this, we propose to discuss the notion of the space lived through the analysis of a single clinical case of a patient diagnosed with panic disorder. We find that the patient’s lived world and the things that surround it are isolated, immobile, and out of reach. This detachment is experienced as a loss of spatial depth. The world becomes terrifying, paralyzing and inhibits the performance of any genuine action from the patient.
Resumen
El trastorno del pánico compone el conjunto de los trastornos de ansiedad, que inhiben el individuo a moverse como consecuencia del estado de terror que se instaura. Para abordar este fenómeno psicopatológico, es importante comprender los modos de ser que lo configura. Ellos encuentran lugar de mayor profundidad en los cambios del tiempo, del cuerpo, del espacio y de la relación del sujeto con otro y con el mundo. La alteración en el espacio vivido, objeto de este artículo, manifiesta aspecto del agotamiento del devenir y se revela por medio del perjuicio de la proximidad del sujeto con el mundo. Hay una alteración en la relación fundamental del hombre con el mundo, la cual sostiene las posibilidades de poder y de devenir de los actos del sujeto. Con eso, nos proponemos discutir la noción de espacio vivido mediante el análisis de caso clínico único de una paciente diagnosticada con trastorno del pánico. Encontramos que el mundo vivido de la paciente y las cosas que lo circundan están aislados, inmóvil y fuera de alcance. Este distanciamiento se vive como pérdida de la profundidad espacial. El mundo se vuelve aterrorizado, paralizando e inhibiendo la realización de cualquier acción genuina de la paciente.
Resumo
O transtorno do pânico compõe o conjunto dos Transtornos de Ansiedade, que inibem o indivíduo a se movimentar em decorrência do estado de terror que se instaura. Para abordarmos este fenômeno psicopatológico, é importante compreender os modos de ser que o configura. Eles encontram lugar de maior profundidade nas alterações do tempo, do corpo, do espaço e da relação do sujeito com outrem e com o mundo. A alteração no espaço vivido, objeto deste artigo, manifesta aspecto do esgotamento do devir e se revela por meio do prejuízo da proximidade do sujeito com o mundo. Há uma alteração na relação fundamental do homem com o mundo, a qual sustenta as possibilidades de poder e de devir dos atos particulares de cada sujeito. Com isso, nos propomos a discutir a noção de espaço vivido mediante a análise de caso clínico único de uma paciente diagnosticada com transtorno do pânico. Encontramos que o mundo vivido da paciente e as coisas que o circundam estão isolados, imóveis e fora de alcance. Esse distanciamento é vivido como perda da profundidade espacial. O mundo se torna assustador, aterrorizador e petrificante, paralisando e inibindo a realização de qualquer ação genuína da paciente.
Palavras-Chave: Psicopatologia fenomenológica, Espaço vivido, Transtorno de pânico, Arthur Tatossian.
Similar content being viewed by others
References
American Psychiatric Association. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. DSM-V, quinta edição. Porto Alegre: Artes Médicas.
Bloc, L., Souza, C., & Moreira, V. (2016). Phenomenology of depression: Contributions of Minkowski, Binswanger, Tellenbach and Tatossian. Estudos de Psicologia (Campinas), 33(1), 107–116. https://doi.org/10.1590/1982-027520160001000011.
Bloc, L., Moreira, V., Wolf-Fédida, M., & Chamond, J. (2017). Lá relation d’implication (et non d’application) entre lés phénoménologies philosophiques et cliniques: lê point de vue d’Arthur Tatossian. Bulletin de psychologie, 70(4), 301–309. https://doi.org/10.3917/bupsy.550.0301.
Boris, G. D. J. B., & Barata, A. (2017). Angústia e ansiedade: um esboço histórico-conceitual e uma perspectiva sartreana. In F. C. L. Castro & M. S. Norberto (Eds.), Sartre Hoje (Vol. 02, pp. 151–172). Porto Alegre: Fi.
Cardinalli, I. E. (2012). Daseinsanalyse e Esquizofrenia. São Paulo: Escuta.
Chamond, J. (2011). Fenomenologia e psicopatologia do espaço vivido segundo Ludwig Binswanger: uma introdução. Revista da Abordagem Gestáltica, 17(1), 3–7 Retrieved from: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rag/v17n1/v17n1a02.pdf.
Chhabra, T., & Puar, S. (2016). Social support in psychotherapy of panic disorder with agorafobia in school setting. Indian Journal of Health and Wellbeing, 7(6), 648–650 Retrieved from: http://www.i-scholar.in/index.php/ijhw/article/view/120327.
Costa, V., & Queiroz, E. F. (2011). Transtorno de Pânico: uma manifestação clínica de desamparo. Revista Psicologia, Ciência e Profissão, 31(3), 444–455. https://doi.org/10.1590/S1414-98932011000300002.
Dörr, O. Z. (2012). Espacio y tiempo en la experiencia angustiosa. In M. L. Rovaletti (Ed.), Temporalidad: El problema del tiempo en el pensamiento actual (pp. 105–117). Buenos Aires: El Lugar Editorial.
Dörr, O. Z. (2014). Los síndromes ansiosos y depresivos como timopatías. Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea, 3(1), 01–22 Retrieved from: http://www.revistapfc.com.br/rPFCwordpress/wp-content/uploads/2017/01/001-022_3_1_Dorr_Los-si%CC%81ndromes-ansiosos-y-depresivos-como-timopati%CC%81as.pdf.
Holanda, A. (2006). Questões sobre pesquisa qualitativa e pesquisa fenomenológica. Revista Análise Psicológica, 3(24), 363–372 Retrieved from: http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a10.pdf.
Husserl, E. (1928/1994). Lições para uma Fenomenologia da Consciência Interna do Tempo. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda.
Leite, M. B. (2013). Heidegger eo fundamento ontológico do espaço. Diálogos: Revista de estudos culturais e da contemporaneidade, 8, 178–195 Retrieved from: http://www.revistadialogos.com.br/Dialogos_8/Marcela.pdf.
Maziero, M. B., & Oliveira, L. A. (2016). Nomofobia: uma revisão bibliográfica. Unoesc & Ciência – ACBS, 8(1), 73–80 Retrieved from: http://editora.unoesc.edu.br/index.php/acbs/article/view/11980/pdf.
McLeod, J. (2010). Case study research: In counselling and psychotherapy. London: SAGE.
Merleau-Ponty, M. (1945/2006). Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes.
Merleau-Ponty, M. (1946/2015). O Primado da Percepção e suas Consequências Filosóficas. Belo Horizonte: Editora Autêntica.
Messas, G., Tamelini, M., Mancini, M., & Stanghellini, G. (2018). New perspectives in phenomenological psychopathology: Its use in psychiatric treatment. Front. Psychiatric, 9(466), 01–05. https://doi.org/10.3389/fpsyt.2018.00466.
Moreira, V. (2004). O método fenomenológico de Merleau-Ponty como ferramenta crítica na pesquisa em psicopatologia. Psicologia: reflexão e crítica, 4(7), 247–256. https://doi.org/10.1590/S0102-79722004000300016.
Moreira, V. (2014). Merleau-Ponty and the experience of anxiety in humanistic phenomenological psychotherapy. Self and Society, 4(3), 39–43. https://doi.org/10.1080/03060497.2014.11084363.
Oliveira, V. H., & Furlan, R. (2017). Espaço, tempo e causalidade: a crítica de Merleau-Ponty às ciências. Memorandum, 33, 90–111 Retrieved from: seer.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/9892.
Raone, M. F., & Zanassi, S. R. (2016). Antecedentes y revisión crítica del denominado “Ataque de Pánico”. Perspectivas em Psicología, 13(2), 57–66 Retrieved from: http://www.seadpsi.com.ar/revistas/index.php/pep/article/view/8.
Santos, G. A. O. (2012). A espacialidade na compreensão do transtorno do pânico: uma análise existencial. Revista da Abordagem Gestáltica, 18(2), 197–205 Retrieved from: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672012000200010.
Santos, G. A. O. (2013). A angústia e a culpa no transtorno obsessivo-compulsivo: uma compreensão fenomenológico-existencial. Revista da Abordagem Gestáltica, 19(1), 85–91 Retrieved from: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672013000100011.
Tatossian, A. (1981). Phénoménologie de la dépression. Encéphale, 7, 361–366.
Tatossian, A. (1979/2006). A fenomenologia das psicoses. São Paulo: Escuta.
Tatossian, A. (1983/2012). Depressão, vivido depressivo e orientação terapêutica. In A. Tatossian & V. Moreira (Eds.), Clínica do Lebenswelt: Psicoterapia e Psicopatologia Fenomenológica (pp. 109–128). São Paulo: Escuta.
Tatossian, A. (1994). La subjectivité. In D. Widlöcher (Ed.), Traité de psychopathologie (pp. 253–318). Paris: Presses Universitaires.
Tatossian, A. (1975/2012). Fenomenologia da depressão. In A. Tatossian & V. Moreira (Eds.), Clínica do Lebenswelt: psicoterapia e psicopatologia fenomenológica (pp. 29–44). São Paulo: Escuta.
Tatossian, A., & Moreira, V. (2012). Clínica do Lebenswelt. São Paulo: Escuta.
Tatossian, A., Bloc, L., & Moreira, V. (2016). Psicopatologia Fenomenológica Revisitada. São Paulo: Escuta.
Valença, A. M. (2013). Transtorno de Pânico: aspectos psicopatológicos e fenomenológicos. Revista Debate em Psiquiatria, 3(04), 06–10 Retrieved from: http://www.abp.org.br/download/revista_debates_16_web.pdf.
Yin, R. (2015). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman.
Zuardi, A. W. (2017). Características básicas do transtorno de pânico. Medicina (Ribeirão Preto Online), 50(1), 56–63. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50isupl1.p56-63.
Funding
This study received funding from agency CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) and from the project CNPq-PQ–2, Clinical Phenomenology as Therapeutic Intervention in Psychopathology. Financial Public Notice 05/2016 Complementary Aid to Research at the University of Fortaleza-UNIFOR, project 1965.
Author information
Authors and Affiliations
Corresponding author
Rights and permissions
About this article
Cite this article
Souza, C., Melo, A.K. & Moreira, V. The Lived Space of Ana: a Clinical Case Study from the Perspective of Phenomenological Psychopathology. Trends in Psychol. 28, 16–30 (2020). https://doi.org/10.9788/s43076-019-00010-5
Published:
Issue Date:
DOI: https://doi.org/10.9788/s43076-019-00010-5