Abstract
This chapter presents the ethical and methodological challenges of research on sexual violence. After a historical review on violence against children and adolescents in Brazil, the norms and laws regarding ethics in research with human beings are presented. The acknowledgment of these documents is necessary, since they are important for basing ethical and methodological decisions to be made during the scientific process, initiated by the conception of the research proposal. After reflecting on the choice of the research problem—taking into account the specificities of the investigated population, and its risks and benefits—there arise challenges such as how to achieve the expected results, how to access potential participants, and how to assure their rights, bearing in mind the most adequate methodological process for the study, considering current ethical demands. Considering the complexity of the sexual violence theme and perspectives regarding the revealment of this experience, the formulation and carrying out of this research demand an ethical attitude to the methodological aspects. The relationship established between the researchers and participants might define the paths to the research. Hence, the field of scientific research in psychology in Brazil integrates the role of the researcher as a professor and professional practice for an ethical and socially responsible commitment, which involves for whom, about what and how the investigations are developed. It is pointed out that the legacy of the research is its results and how they will affect society, academia, politics, and, especially, the participants.
Access this chapter
Tax calculation will be finalised at checkout
Purchases are for personal use only
References
Aded, N. L. O., Dalcin, B. L. G. S., Moraes, T. M., & Cavalcanti, M. T. (2006). Abuso sexual em crianças e adolescentes: revisão de 100 anos de literatura. Archives of Clinical Psychiatry, 33(4), 204–213.
Almeida, C. H., Marques, R. C., Reis, D. C., Melo, J. M. C., Diemert, D., & Gazzinelli, M. F. (2010). A pesquisa científica na saúde: uma análise sobre a participação de populações vulneráveis. Texto Contexto & Enfermagem, 19(1), 104–111.
Amazarray, M. R., & Koller, S. H. (1998). Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças ví timas de abuso sexual. Psicologia Reflexão e Crí tica, 11(3), 559–578.
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia. (2016). Relatório de atividades do GT Tecnologia Social e Inovação: Intervenções psicológicas e práticas forenses contra violência no Simpósio ANPEPP ocorrido em Maceió. Retirado de http://site.anpepp.org.br/images/ANPEPP/simposios/pdf/relatórios_gts_2016/GT_70.pdf
Araújo, M. F. (2002). Violência e abuso sexual na família. Psicologia em Estudo, 7(2), 3–11.
Baía, P. A. D., Magalhães, C. M. C., & Veloso, M. M. X. (2014). Caracterização do suporte materno na descoberta e revelação de abuso sexual infantil. Temas em Psicologia, 22(4), 691–700.
Baía, P. A. D., Veloso, M. M. X., Magalhães, C. M. C., & Dell´Aglio, D. D. (2013). Caracterização da revelação do abuso sexual de crianças e adolescentes: negação, retratação e fatores associados. Temas em Psicologia, 21(1), 193–202.
Baía, P. A. D., Veloso, M. M. X., Habigzang, L. F., Dell’Aglio, D. D., & Magalhães, C. M. C. (2015). Padrões de revelação e descoberta do abuso sexual de crianças e adolescentes. Revista de Psicologia, 24(1), 1–19.
Baía, P. A. D. (2013). O processo de descoberta e revelação de abuso sexual de crianças e adolescentes. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Pará).
Barbiani, R. (2016). Violação de direitos de crianças e adolescentes no Brasil: Interfaces com a política de saúde. Saúde em Debate, 40(109), 200–211.
Berliner, L., & Conte, J. R. (1995). The effects of disclosure and intervention on sexually abused children. Child Abuse & Neglect, 19(3), 371–384.
Borges, L. O., Barros, S. C., & Leite, C. P. R. L. (2013). Ética na Pesquisa em Psicologia: princípios aplicações e contradições normativas. Psicologia Ciência e Profissão, 33(1), 146–161.
Brasil. (1990). Decreto N° 99.710, de 21 de novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Brasil. (2003). Normas para pesquisa envolvendo seres humanos. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. 2ed. ampl. – Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. (2016). Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes: Disque Direitos Humanos. Brasília.
Conselho Federal de Psicologia. (2000). Resolução para pesquisas com seres humanos. Resolução 016/2000. Brasília.
Conselho Nacional de Saúde. (2012). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: CNS/MS.
Conselho Nacional de Saúde. (2016). Resolução n° 510, de 07 de abril de 2016. Brasília: Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais.
Costa, L. F., Almeida, T. M. C., Ribeiro, M. A., & Penso, M. A. (2009). Grupo multifamiliar: Espaço para a escuta de famílias em situação de abuso sexual. Psicologia em Estudo, 14(1), 21–30.
Costa, L. F., Penso, M. A., & Almeida, T. M. C. (2006). Nos bastidores da pesquisa: Dificuldades no procedimento metodológico em situações-limite. Psico, 37(2), 175–181.
Costa, L. F., Penso, M. A., & Conceição, M. I. G. (2014). Grupo multifamiliar: intervenção psicossocial para situações de violência sexual. In L. C. A. Williams & L. F. Habgzang (Eds.), Crianças e adolescentes vítimas de violência: prevenção, avaliação e intervenção (pp. 109–124). Curitiba: Juruá.
Costa, L. F., Ribeiro, M. A., Penso, M. P., & Almeida, T. M. C. (2008). O desafio da supervisão e pesquisa-ação em casos de abuso sexual: os professores e suas questões. Paidéia, 18(40), 355–370.
Costa, I. M. M., Silva, M. J., & Andrade, J. T. (2016). Ética em pesquisas socioantropológicas sobre abuso sexual infantojuvenil. Revista Latinoamericana de Metodología de la Investigación Social, 12(6), 56–70.
Cunningham, A. (2009). A escuta de crianças abusadas sexualmente para compreensão do processo de auto-revelação. In L. C. A. Williams & E. A. C. Araújo (Eds.), Prevenção do abuso sexual infantil: um enfoque interdisciplinar (pp. 89–103). Curitiba: Juruá..
De Antoni, C., & Koller, S. H. (2002). Violência doméstica e comunitária. In M. L. J. Contini, S. H. Koller, & M. N. S. Barros (Eds.), Adolescência & Psicologia: concepções, práticas e reflexões críticas (pp. 85–91). Rio de Janeiro: Conselho Federal de Psicologia.
Deslandes, S. F. (1994a). Prevenir a violência – um desafio para profissionais de saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Deslandes, S. F. (1994b). Atenção às crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica: análise de um serviço. Cadernos de Saúde Pública, 10, 177–187.
Diniz, D., & Guerrieiro, I. C. Z. (2008). Ética na pesquisa social: desafios ao modelo biomédico. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, 2(1), 78–90.
Faleiros, E. T. S. (2000). Repensando os conceitos de violência, abuso e exploração sexual de crianças e de adolescentes. Brasília: Unicef.
Faleiros, E. T. S. (2003). Abuso sexual contra crianças e adolescentes: os (des)caminhos da denúncia. Brasília: Presidência da República, Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Ferrari, D. C. A. (2002). Visão histórica da infância e a questão da violência. In D. C. A. Ferrari & T. C. C. Vecina (Eds.), O fim do silêncio na violência familiar – teoria e prática (pp. 23–56). São Paulo: Ágora.
Fleischer, S. (2015). Autoria, subjetividade e poder: devolução de dados em um centro de saúde na Guariroba (Ceilândia/DF). Ciência & Saúde Coletiva, 20(9), 2649–2658.
Guerriero, I. C. Z., & Minayo, M. C. S. (2013). O desafio de revisar aspectos éticos das pesquisas em ciências sociais e humanas: a necessidade de diretrizes específicas. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 23(1), 763–782.
Habigzang, L. F., Azevedo, G. A., Koller, S. H., & Machado, P. X. (2006). Fatores de risco e de proteção na rede de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 379–386.
Habigzang, L. F., Corte, F. D., Hatzenberger, R., Stroeher, F., & Koller, S. H. (2008). Avaliação psicológica em casos de abuso sexual na infância e adolescência. Psicologia Reflexão e Crí tica, 21(2), 338–344.
Habigzang, L. F., Koller, S. H., Azevedo, G. A., & Machado, P. X. (2005). Abuso sexual infantil e dinâmica familiar: aspectos observados em processos jurídicos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(3), 341–348.
Habigzang, L. F., Ramos, M. S., & Koller, S. H. (2011). A revelação de abuso sexual: As medidas adotadas pela rede de apoio. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(4), 467–473.
Habigzang, L. F., Stroeher, F. H., Hatzenberger, R., Cunha, R. C., Ramos, M. S., & Koller, S. H. (2009). Grupoterapia cognitivo-comportamental para crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Revista de Saúde Pública, 43(Suppl 1), 70–78.
Hershkowitz, I., Lanes, O., & Lamb, M. E. (2007). Exploring the disclosure of child sexual abuse with alleged victims and their parents. Child, Abuse & Neglect, 31, 111–123.
Hershkowitz, I., Orbach, Y., Lamb, M. E., Sternberg, K., & Horowitz, D. (2006). Dynamics of forensic interviews with suspected abuse victims who do not disclose abuse. Child Abuse & Neglect, 30, 753–769.
Jensen, T. K., Gulbrandsen, W., Mossige, S., Reichelt, S., & Tjersland, O. A. (2005). Reporting possible sexual abuse: A qualitative study on children’s perspectives and the context for disclosure. Child, Abuse & Neglect, 29, 1395–1413.
Jonzon, E., & Lindbland, F. (2004). Disclosure, reactions, and social support: Findings from a sample of adult victims of child sexual abuse. Child Maltreatment, 9(2), 190–200.
Koller, S. H. (2008). Ética em pesquisas com seres humanos: alguns tópicos sobre a Psicologia. Ciência & Saúde Coletiva, 13(2), 399–406.
Kreklewetz, C. M., & Piotrowski, C. C. (1998). Incest survivor mothers: Protecting the next generation. Child Abuse & Neglect, 22(12), 1305–1312.
La Taille, Y. (2008). Ética em pesquisas com seres humanos: dignidade e liberdade. In I. C. Z. Guerreiro, M. L. S. Smidt, & F. Zicker (Eds.), Ética nas pesquisas em ciências humanas e sociais na saúde (pp. 268–279). São Paulo: Aderaldo & Rothschild.
Lima, J. A., & Alberto, M. F. P. (2010). As vivencias maternas diante do abuso sexual intrafamiliar. Estudos de Psicologia, 15(2), 129–136.
Lima, J. A., & Alberto, M. F. P. (2012). Abuso sexual intrafamiliar: as mães diante da vitimação das filhas. Psicologia & Sociedade, 24(2), 412–420.
Lordello, S. R. M., & Costa, L. F. (2013). A metodologia qualitativa no estudo do abuso sexual intrafamiliar. Revista Psicologia e Saúde, 5(2), 127–135.
Maggi, A. (2009). Vulnerabilidade e proteção: a prática e a pesquisa em psicologia. Conjectura, 14(1), 157–165.
Oliveira, E. M., Barbosa, R. M., Moura, A. A. V. M., Kossel, K., Morelli, K., Botelho, L. F. F., & Stoianov, M. (2005). Atendimento às mulheres vítimas de violência sexual: um estudo qualitativo. Revista Saúde Pública, 39(3), 376–382.
Padilha, M. I. C. S., Ramos, F. R. S., Borenstein, M. S., & Martins, C. R. (2005). A responsabilidade do pesquisador ou sobre o que dizemos acerca da ética em pesquisa. Revista Texto Contexto em Enfermagem, 14(1), 96–105.
Paixão, A., & Deslandes, S. (2010). Análise das políticas públicas de enfrentamento da violência sexual infantojuvenil. Saúde e Sociedade, 19(1), 114–126.
Pedersen, J. R., & Grossi, P. K. (2011). O abuso sexual intrafamiliar e a violência estrutural. In M. R. F. Azambuja & M. H. M. Ferreira (Eds.), Violência sexual contra crianças e adolescentes (pp. 25–34). Porto Alegre: Artmed.
Plummer, C. A. (2006). The discovery process: What mothers see and do in gaining awareness of the sexual abuse of their children. Child, Abuse & Neglect, 30, 1227–1237.
Rogers, W., & Ballantyne, A. (2008). Populações especiais: vulnerabilidade e proteção. Reciis, 2(1), 31–41.
Sanchez, R. N., & Minayo, M. C. d. S. (2006). Violência contra crianças e adolescentes: questão histórica, social e da saúde. In C. A. Lima (Ed.), Violência faz mal à saúde (pp. 29–38). Brasília: Ministério da Saúde.
Santos, S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2008). Compreendendo as mães de crianças vítimas de abuso sexual: ciclos de violência. Estudos de Psicologia, 25(4), 595–606.
Santos, S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2009). Revelação do Abuso Sexual infantil: reações maternas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25, 85–92.
Santos, S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2013). O processo de revelação do abuso sexual na percepção de mães. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 15(1), 50–64.
Sarti, C., & Duarte, L. F. D. (2013). Introdução. In C. Sarti & L. F. D. Duarte (Eds.), Antropologia e ética: desafios para a regulamentação (pp. 9–30). Brasília: ABA.
Sbicigo, J. B., Tronco, C. B., & Dell’Aglio, D. D. (2013). Aspectos éticos na pesquisa com adolescentes: consentimento parental e intervenções em casos de risco. In V. F. R. Colaço & A. C. F. Cordeiro (Eds.), Adolescência e juventude: conhecer para proteger (pp. 53–79). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Sinclair, C., & Martínez, J. (2006). Culpa o responsabilidad: terapia con madres de niñas y niños qui han sufrido abuso sexual. Psykhe, 15(2), 25–35.
Siqueira, A. C., & Beschoren, N. F. (2013). Rede de atendimento e processos de resiliência: intervenção grupal com cuidadoras não abusivas de crianças vítimas de violência sexual. In A. C. Siqueira, F. P. Jaeger, & C. S. Kruel (Eds.), Família e violência: conceitos, práticas e reflexões críticas (pp. 109–124). Curitiba: Juruá.
Sociedade Brasileira de Pediatria. (2001). Guia de atuação frente a maus-tratos na infância e adolescência: Orientações para pediatras e demais profissionais que trabalham com crianças e adolescentes (2nd ed.). Rio de Janeiro: Ministerio da Saude.
Souza, M. A. (2016). 25 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: História, Política e Sociedade. In J. O. Moreira, M. J. G. Salum, & R. T. Oliveira (Eds.), Estatuto da Criança e do Adolescente: Refletindo sobre sujeitos, direitos e responsabilidades (pp. 14–30). Brasília: Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Staller, K. M., & Nelson-Gardell, D. (2005). “A burden in your heart”: Lessons of disclosure from female preadolescent and adolescent survivors of sexual abuse. Child, Abuse & Neglect, 29, 1415–1432.
Tello, M. (2013). Ética y antropología de la violência. In C. Sarti & L. F. D. Duarte (Eds.), Antropologia e ética: desafios para a regulamentação (pp. 172–229). Brasília: ABA.
Tomanik, E. A. (2008). A ética e os comitês de ética em pesquisa com seres humanos. Psicologia em Estudo, 13(2), 395–404.
Zanella, A. V., & Saís, A. P. (2008). Reflexões sobre o pesquisar em psicologia como processo de criação ético, estético e político. Análise Psicológica, 26(4), 679–687.
Author information
Authors and Affiliations
Corresponding author
Editor information
Editors and Affiliations
Rights and permissions
Copyright information
© 2017 Springer International Publishing AG
About this chapter
Cite this chapter
dos Santos, S.S., Mayer, A.S., Silva, S.L. (2017). Research on the Disclosure of Sexual Violence: Ethical and Methodological Paths. In: Dell'Aglio, D., Koller, S. (eds) Vulnerable Children and Youth in Brazil . Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-65033-3_5
Download citation
DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-65033-3_5
Published:
Publisher Name: Springer, Cham
Print ISBN: 978-3-319-65032-6
Online ISBN: 978-3-319-65033-3
eBook Packages: Behavioral Science and PsychologyBehavioral Science and Psychology (R0)